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Mostrando postagens de junho, 2013

A vez em que o gringo conheceu o que a Bahia tem

Meu pai também era meu patrão. Não me dava mole de jeito algum. Sexta-feira de carnaval, 1970, eu já devidamente planejado, sairia no TOP 69. No escritório, após o almoço, ele sentencia:   Amanhã, eu e sua mãe vamos viajar para passar o carnaval, e você vai ao aeroporto receber um americano, George, auditor da St. Regis Paper. Ele gosta de museus e igrejas, e volta para São Paulo na segunda. Nem preciso dizer que a diretoria recomendou que o tratássemos MUITO BEM, tá compreendendo?   Sim , respondi, P. da vida!   Dia seguinte, estava no aeroporto, esperando o tal gringo. Ele tinha uma cara que lembrava um cão São Bernardo, calçava sandálias tipo franciscanas e trazia nas costas um enorme equipamento fotográfico.   Fomos embora pela orla no meu Fusca 66, verde. E eu, pensando como poderia arranjar uma dor de barriga para me livrar do meu inesperado visitante. Quando fomos chegando na Pituba, propus apresentá-lo ao acarajé. Ele aceitou.   Pedi para colocar pimenta