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Mostrando postagens de maio, 2014

Num rapa nada

Estou em Jequié, interior da Bahia. Por descuido, a bateria do meu barbeador elétrico descarregou, quando eu tinha feito meia barba, e eu não trouxe a tomada para carregar. Desci assim mesmo, tomei café e fui em busca de um barbeador desses descartáveis. Entrei numa portinha que tinha o nome de supermercado, e perguntei se tinha o tal barbeador, ao supermercadista de plantão. Aliás, o único profissional da empresa. -Tem só esse tipo aí, patrão. Custa um real. Pronto. Eu quero. Aí, um senhor de idade avançada, comenta: -Isso aí num rapa nada. Só faz é relar a cara dos outros, moço! Eu ia perguntar: o que? Mas deixei pra lá. Voltei para o hotel concluir minha barba, com o maior cuidado para “num relar” minha cara! Bom dia a todos! E....Salve a Bahia!!!           Jequié, 14/05/2014       Rubem Passos Segundo rubem@rpassos.com.br rubem@rp2solucoes.com.br www.amanhavaiseroutrodia.blog.br  

Aí é que tá a m......

Marquei para encontrar um corretor numa concessionária de automóveis em Alagoinhas, Bahia. Cheguei na hora marcada, vindo de Salvador, e com a urgência de quem toma remédio para pressão alta, fui direto ao banheiro. Aliviado, o corretor me convida a tomar um cafezinho. (...coisas da Bahia. A casa é dos outros, mas o moço age como “da casa”) A garrafa térmica com o café fica numa mesinha atrás da mesa de trabalho de um vendedor da empresa, que naquele momento está atendendo um casal, prováveis clientes de um determinado modelo de carro. Sem querer, ouço a senhora perguntar: - E se quisermos converter para gás? E o vendedor, finíssimo, responde: - Aí é que tá a merda!!! Saí logo dali com meu cafezinho para não dar um risada, ou um tapa na cabeça do dito cujo. Salve a Bahia!!! Por hoje é só!         Alagoinhas, Ba, maio, 2014           Rubem Passos Segundo rubem@rpassos.com.br rubem@rp2solucoes.com.br www.amanhavaiseroutrodia.blog.br  

TRÊS & UM - Uma tarde com Vinicius

Meu pai (e patrão), jogava duro comigo. De verdade. Hoje já começo a lhe creditar alguma razão. Eu era osso duro de roer, quando criança e adolescente. E como comecei a trabalhar cedo, ele não perdia a oportunidade de me “orientar”. Ao seu modo. De vez em quando, no dia de receber o meu pagamento, recebia uma duplicata de algum cliente. Eu deveria cobra-la e assim, receberia o meu e daria o troco. E assim, numa segunda-feira, recebido o envelope com a minha surpresa, me mandei para a Moenda – restaurante temático de sucesso, especialista em culinária baiana, e shows folclóricos -   na esperança de encontrar o seu proprietário, medico oftalmologista, cantor   e boêmio, gente boa mesmo! Lá chegando,   perguntei a uma das baiana: cadê Ermano? E ela: lá em cima! Quando abri a porta da sala, encontrei Vinicius de Moraes, sem camisa, tocando violão, sentado no chão, Ermano ao lado, na frente dos dois uma garrafa de vinho Rosé D’Anjou, algumas baianas-garçonetes cantando . Meu c