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Mostrando postagens de julho, 2020

PROJETO GABRIEL

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Considero importante situar as minhas histórias no tempo em que elas ocorreram, para que as pessoas entendam que, em alguns casos, não existiam muitas das novas tecnologias que hoje são comuns, como celular e internet, sem falar em Google, Wize, etc.   O meu relato a seguir é de um fato ocorrido em outubro de 1990. Está fazendo, portanto, 30 anos!   Meu escritório do Rio de Janeiro ficava na Rua Visconde Silva, bairro de Botafogo, numa boa casa antiga, com uma grande vitrine na parede da frente, deixada por uma loja que ali funcionara, anos antes.   Estava trabalhando, em um dia normal, quando ouvi barulho de carros, e logo minha secretária avisava que a Sra. Angélica Parker havia chegado para a reunião. Ela havia me ligado na véspera, marcando esta visita, o   que tinha me deixado curioso.   (costumo omitir nomes das pessoas que fizeram parte deste ou daquele capítulo da minha história, porém, excepcionalmente, por sentir que este texto irá   requerer tais nomes para f

TEMANA - A DESPEDIDA

A década, com certeza foi 80. O ano, não lembro.   Me candidatei, fui selecionado, e passei a representar a TEMANA, uma empresa do Grupo SHELL.   Na verdade, era uma empresa comercial, onde sua a grande força, era a competência em marketing e vendas.   Criava o produto, contratava uma indústria para produzi-lo, e fazia sua comercialização, encimada por uma excelente estratégia de marketing e vendas.   Seus principais produtos eram: Lustra Móveis Shell, Bom Ar, Passe Bem, Rodasol, e outras marcas que não recordo.   O Diretor de Vendas era o - até hoje - meu amigo, JCR, um fantástico profissional, cuja intensidade em busca de resultado, foi descrita uma vez pelo seu antigo chefe (da mesma empresa), assim:   -Ter JCR como subordinado, “ é estar sentado na tampa de uma panela de pressão bem quente”. Medo de uma hora a tampa arrebentar e você voar!   Às vezes, no mesmo dia, eu recebia dele um elogio, por ter atingido o objetivo de determinado produto que ele esta

GENROS, AH! OS GENROS

Tema delicado, que só me arrisco por ter sido provocado por um deles.   Verdade verdadeira, tenho quatro exemplares dessa espécie na minha família, e deles não tenho maiores queixas. Aliás, se as tivesse, claro que nada escreveria a respeito, por que amo minhas filhas, e delas não quero mágoas, só amor .   Os considero filhos.   Me considero um pai com sorte, nesse aspecto. Todos eles são bons amigos, maridos e pais zelosos.   A minha vantagem decorre do fato de que não fui eu quem escolhi nenhum deles. Então, se fosse o caso, estaria livre para “malhar”!   Para mim, a regra é clara: enquanto minhas filhas amarem seus maridos, eu também os amarei. Desejo que seja per omnia saecula seculorum . Simples assim!   Falo sempre – em tom de brincadeira, claro -   que, quanto mais longe eles morem, maior a minha preferência.   Assim, por consequência, os meu preferidos vivem no hemistério norte ocidental, do planeta Terra. No Canadá!   Sem ordem cronólogica, vou

BRASILEIRINHO x AMERICANO

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O ano foi, provavelmente, 1980.   Repesentávamos a maior indústria de embalagens de vidro do Brasil, que ingressara a cerca de dois anos no mercado chamado de “objetos de mesa”, no caso, copos.   O know how era de uma das empresas do grupo americano a quem pertencia, internacionalmente reconhecido pela qualidade e design dos seus produtos, e passamos a atuar como distribuidores dessa nova linha para todo o nordeste.   Sua linha ainda pequena, era composta de menos de uma dúzia de modelos, todos muito bem projetados, embalados de forma atraente, que se destacavam entre os demais existentes na época.   Era uma área de atuação bem grande, e viagens e trabalho era o que não faltava.   Mas, em termos de produtos, estávamos distantes do grande mercado de preços baixos, liderados por um ícone chamado COPO AMERICANO, aquele que todos os brasileiros conheciam, usados maciçamente nos botecos, bares, restaurantes, praias e residências de baixo poder aquisitivo. Um grande fabr

A GRANDE CHANCE

Essa deve ter acontecido por volta do ano de 1970...   Apesar de ser a nossa representada, a maior fabricante de embalagens de vidro do país, na Bahia enfrentávamos uma concorrência forte, de um fabricante de Recife, cujos preços eram mais baixos que os nossos em função da diferença no custo do transporte. A nossa qualidade era reconhecida como superior, mas, na hora da decisão de compra, o custo do frete pesava bastante, principalmente para as empresas genuinamente baianas, as quais, por sua vez, disputavam mercado com concorrentes nacionais ou internacionais.   Um belo dia, o diretor de vendas me liga:   -Baiano! Tem uma oportunidade para você vender garrafas para água mineral.   e prosseguiu,   - há tempos que você vive me pedindo para melhorar o preço, e agora chegou a sua vez.   E me passou um preço realmente excepcional!   - Você quer aproveitar esta oportunidade?   Fiquei eufórico!!   Era a minha chance de quebrar este tabu, e vencer meu pai n