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Mostrando postagens de outubro, 2015

INICIAÇÃO

Sou de 1948, época em que os valores eram diferentes, e não eram consideradas naturais as variações de gênero ( é assim mesmo que se diz? ) tão normais hoje em dia, assim como comportamentos tipo metrossexuais, ou mesmo, tico-tico no fubá, ou mesmo, os atuais, tipos tipo!   Lá em casa então, para esse tema, meu saudoso pai era quinem , papel de embrulhar prego: grosso mesmo! Homem tem que ser macho e ponto.   Quando eu nasci, minha irmã mais velha aprendendo as primeiras palavras, não conseguindo falar Rubem, falava algo parecido com Guga, e assim, virei Guga para todos. Menos para meu pai. Para ele eu era Sr. Guga!   Acabei me inteirando sobre os assuntos do sexo, do prazer ao conceber, pelas abalizadas aulas dos empregados domésticos da rua, lavadores de carro, etc, e juntando dicas dos colegas na escola.   Era um pouco complicado entender, explicações às vezes tão desencontradas. Mas, fui ouvindo, prestando atenção e arrumando o tema na minha cabeça. Aos 11 anos, já me s

Don Juan em Avaré

Em 1980, a Melitta, prestes a inaugurar sua fabrica de café, que viria a ser a pioneira na utilização de vácuo na embalagem dos seus produtos, convoca seus representantes ( ói nóis aqui, traveis ), gerentes e vendedores, para uma visita às novas instalações.   Não lembro exatamente o mês, mas, fazia muito frio.   Para São Paulo veio gente de todo o Brasil, e na hora marcada, embarcamos num ônibus leito, rumo a cidade de Avaré.     Como um homem prevenido vale por dois, levei uma meia garrafa de whisky que tinha, na minha sacola. Vai que o frio aperta, né não?   Muito bem , o ônibus partiu, e até sair dos limites da cidade de São Paulo, a conversa corria à solta. Um monte de vendedores juntos, tem que ter muito papo.   Demorou um pouquinho e o papo foi diminuindo, o sono chegando, e, tão logo o ônibus passou de um pedágio, PÔ !!! Estourou um pneu dianteiro!   O motorista parou no acostamento, descemos todos para ver o que foi, lógico, mas o frio nos empurrou de

Vendendo óleo de algodão do Ceará

  Lá pelo inicio dos anos 70, eu já um homem feito, de uns 20 e poucos anos, casado e pai de uma menina linda, com o tanque cheio de energia, fui informado que seriamos representantes de um novo produto: Óleo de Algodão,   fabricado em Fortaleza.   Naquela época, não se falava ainda de Soja, e o algodão era uma das alternativas.   Pois bem: acompanhado da informação, recebi de meu pai a determinação de que eu deveria estar em Fortaleza, no dia 02/01, às 08:00h., na fábrica, para uma reunião com o diretor comercial, que me apresentaria o produto e as instruções   para representa-los na Bahia.   Pense bem! Eu doido por festa, já com réveillon programado, que seria emendado com a procissão do Senhor dos Navegantes, e finalizado com banho de mar e moqueca de peixe no Boteco do Tião na Boca do Rio,   já fiquei atordoado!   Mas, tudo bem. Preparei minha maleta no dia 30, e já deixei no carro pronta para o que der e vier, inclusive com a passagem e reserva de hotel junto.  

EU, O FUSCA DO MEU PAI E PAPAI DO CÉU

Não adianta. Volta e meia lembro de alguma pisada de bola do meu passado. E, como sempre, o meu pai era ( contra sua vontade ), ativo personagem do ocorrido.   Quando eu falava em dirigir, meu pai, para quem não lembra, jogo duro, dizia: esqueça! Só quando completar 18 anos, e se merecer! !! (aí era covardia; merecer era a parte mais difícil, para não dizer, impossível! ).   Mas, Deus existe, e minha mãe resolveu aprender a dirigir!   O velho havia vendido o seu Chevrolet Bel Air 1956, e com os recursos apurados, comprou dois automóveis (como se dizia à época): um fusca e uma Kombi. Era importante minha mãe aprender a dirigir pois ela poderia ajudá-lo nas entregas de alguns produtos que ele comercializava, além de fazer as compras da casa, etc.   Procurou se informar quem era um bom instrutor, e o contratou; homem sério e competente.   Combinaram tantas aulas por semana, coincidentemente   no turno que eu não estava na escola. Eu tinha então uns 14/15 anos, se ta