Voltando a caminhar
A balança avançando perigosamente rumo aos 100 kg. Logo em janeiro! Resolvi com urgência voltar a andar. Iniciando, 30 minutos por dia. Três vezes por semana.
Comecei hoje: do Cristo da Barra em Salvador até o pé da
Ladeira da Barra.
Cumpri o trajeto em exatos 30 minutos. A coluna, se
manifestou usando como porta-voz a minha coxa direita! Tudo bem!
A muito tempo não via a praia da Barra tão cheia. Lotada.
Areia cheia de gente, camelôs, sombreiros, cadeiras, etc. O
mar também. Lotado de pessoas se refrescando. O sol ainda estava forte, apesar
de ser 17 h.
Na calçada e na rua, polícia circulando, inclusive de carros
e motos; garis trabalhando; muito, mais muito camelôs mesmo. Baianas de
acarajé, isopores de cerveja (“ISKÓ,
gente!!!). Pipocas, bonés, óculos, camisas, batas, etc. Aparelhos de som no
chão, acho que tocando pagode, com uns e outras remexendo as bundas.
Pelo jeitão da turma, me pareceu que a maior parte dos
desempregados de Salvador, está ali se preparando para procurar emprego depois
do carnaval. Agora não dá que a praia não deixa.
Talvez um quarto daquela população seja de turistas! O
resto, nativos!
Embora estivesse andando, deu para escutar dentre outros, uns
dois diálogos, que me apresso a registrar para não esquecer.
O primeiro: o negão (aqui
na Bahia pode chamar. “Eu sou negão” é cantado com o maior orgulho).
Continuando.....O negão
beirando os 60 aninhos, sarado, de sunga, trança, barbicha, corrente
dourada e óculo escuro, com uma sacola aberta, quase gritando para sua amada,
(beirando os 50, biquíni, barriga tipo tanquinho de lavar roupa), diz:
“ Pô véio, eu levo sua porra na sacola. Colé? ”
(Acho que ele estava
querendo dizer: amor, não tem problema. Eu levo sua toalha molhada na minha
sacola)
O segundo, caminhando quase ao meu lado, um rapaz jovem para
outro:
“ Que aquela bonita,
pai! Esquece! A feia é que dá liga! Vá por mim! ”
Enfim, é verão em Salvador.
Rubem Passos Segundo
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